Albano Filipe Andrade Da Silva Tomaz (Cédula nº 7366) | Entidade: Agrupamento de Centros de Saúde Pinhal Interior Norte | Endereco: Av. Coelho da Gama, 32. | Cidade: Lousã | País: Portugal | Telefone: 962359514 | Email: AFTomaz@arscentro.min-saude.pt
Albano Andrade Tomaz, Ana Marques, Fernanda Almeida, Inês Freitas, Inês Guiomar e Susana Anastácio.
Psicólogo | Enfermeiro | É imprescindível que a implementação seja conduzida por psicólogos, mas considera-se preponderante o envolvimento dos docentes e outros profissionais da área da saúde e da área social.
Universal
Auto-Estima ou auto-conceito | Competências socioemocionais | Resiliência | São trabalhados seis grandes temas, sendo eles: (1) futuro positivo; (2) esperança; (3) cooperação; (4) força e perseverança; (5) construção com criatividade e (6) proteger a comunidade.
Sensibilização | Psicoeducação | Dinâmicas de grupo
Crianças | Adolescentes
Escolar | Comunitário
A população do concelho de Pedrogão Grande sofreu os efeitos de uma catástrofe natural, o incêndio ocorrido em junho de 2017, causando muitas vítimas diretas e indiretas e inúmeros danos pessoais e materiais. Este programa desenvolveu-se em várias etapas: reunião entre os parceiros para definição do cronograma de atividades; sessões informativas para pais e encarregados de educação e docentes; envio e devolução do Consentimento Informado para participação; aplicação de questionários e escalas de avaliação (pré-teste); conceção participada e implementação das sessões práticas; aplicação das escalas de avaliação (teste) para determinação do impacto da intervenção e; aplicação das mesmas escalas (reteste) para avaliação da evolução dos ganhos obtidos 6 meses após a aplicação do programa. O programa foi aplicado com crianças e jovens do 3º ao 9º ano de escolaridade em contexto de turma. Contudo, considera-se que este programa tem universalidade de aplicação transponível para populações que não tenham vivenciado situações de catástrofe, mas para as quais se considere relevante desenvolver um programa de prevenção na área da resiliência. Os 6 temas são desenvolvidos através de dinâmicas ativadoras com a execução de atividades práticas (pesquisa; análise; organização de informação e debate; expressão artística p.ex. pintura, desenho e música; exercícios de cooperação), gerando-se sempre um produto final relativo a cada tema abordado.
Inclui avaliação de resultados pré-pós-teste | Utiliza controlo de grupo | Inclui avaliação em follow-up
Sensibilizar e promover a aprendizagem e a validação de competências associadas à resiliência.
- Promover o desenvolvimento de recursos internos como a comunicação, a cooperação, a resolução de problemas, a auto-eficácia, a auto-consciência, a empatia, definição de objetivos e aspirações, a criatividade e o sentimento de esperança. - Estimular um maior envolvimento das crianças e jovens com a família, a vida escolar, o grupo de pares e com a comunidade. - Estreitar relações entre diferentes instituições da comunidade. - Prevenir o surgimento e a cronificação de sintomatologia de Perturbação de Pós-Stress Traumático.
O Modelo Sistémico de Resiliência serviu como base principal para a estruturação deste programa, através do qual a resiliência é definida enquanto capacidade de um sistema dinâmico em suportar e recuperar de desafios significativos que ameaçam a sua estabilidade, viabilidade ou desenvolvimento (Masten, 2011). É dada relevância a uma avaliação e uma monitorização de sinais e sintomas psicopatológicos induzidos por stress e também da resposta resiliente. Para além disso, procura promover-se a resiliência como meio de prevenção de sintomatologia e de sofrimento psicológico, assim como forma de se promover o pleno desenvolvimento de crianças e jovens.. David Abramson, em Preparedness, Response, and Recovery Considerations for Children and Families (Institute Of Medicine, 2014) destaca a importância de organizar abordagens conceptualizadas para explorar a enfatização dos processos cognitivos, emocionais e sociais adaptativos e saudáveis, em desenvolver competências na resolução de problemas e desafios, na expressão de emoções e na construção de relações como forma de se promover esse desenvolvimento pleno.
Considera-se relevante a monitorização do nível de envolvimento dos intervenientes (crianças, jovens e adultos dinamizadores), analisado em reuniões regulares na preparação e encerramento de cada tema.
A avaliação dos resultados obtidos na intervenção proposta é conduzida através de um esquema de pré-teste, teste e reteste. No pré-teste, utiliza-se um Questionário Sociodemográfico, o Questionário acerca do Tipo de Perda ou Dano Sofrido num Incêndio (Nota: aplicado a populações atingidas por incêndios, como aconteceu na população que serviu de base para o estudo exploratório do programa), a Escala de Sintomas de Pós-Stress Traumático para Crianças e o Módulo de Avaliação de Resiliência em Crianças Saudáveis. No teste e reteste usaremos os dois últimos instrumentos, nomeadamente, a Escala de Sintomas de Pós-Stress Traumático para Crianças e o Módulo de Avaliação de Resiliência em Crianças Saudáveis. Estes dois últimos instrumentos pretendem pretendem aferir possíveis variações de resultados da intervenção na amostra.
- Costa, V. (2007). Sintomatologia de pós-stress traumático em menores expostos à violência interparental. Tese de Mestrado apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. Porto: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. - Martins, M.H. (2005). Contribuições para a análise de crianças e jovens em situação de risco- Resiliência e Desenvolvimento [Contributions for the analysis of children and adolescentes in risky situations – resilience and development]. PhD Thesis in Educational Psychology, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve.
Utiizado grupo de controlo | Distribuição experimental e grupo de controlo aleatório | Avaliação em follow-up: 12 meses